quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Feijão Tropeiro



Feito e tomado o café-de-tropeiro, chega a hora do almoço. O que o tropeiro vai comer? O mais brasileiro dos pratos: feijão. 

Desde o período colonial, o transporte das mais diversas mercadorias era feito por tropas a cavalo ou em lombos de burros. Os homens que guiavam esses animais eram chamados de tropeiros. Até a metade do século XX, eles cortaram ainda boa parte do estado de São Paulo, conduzindo gado. O feijão misturado a farinha de mandioca, torresmo, lingüiça, ovos, alho, cebola e temperos, tornou-se um prato básico do cardápio desses homens. Daí a origem do nome feijão tropeiro, numa referência direta aos integrantes do movimento tropeirista paulista. 

Receita Típica

Ingredientes:  
  • 500 g de feijão carioca ou roxinho  
  • 200 g de farinha de mandioca  
  • 200 g de toucinho de porco ou bacon  
  • 1 concha de gordura de porco  
  • 1 colher de sal de alho  
  • 1 cebola média em cubinhos  
  • 5 ovos  
  • Cheiro verde a gosto  
  • Pimenta e tempero a gosto  
Modo de preparo: 
  1. Cozinhe o feijão ao dente de modo que ele não fique desmanchando, (o tempo vai depender da qualidade do feijão) e reserve. 
  2. Peneirar para escorrer. 
  3. Numa panela, colocar duas colheres de sopa de gordura ou óleo e fritar ligeiramente o toucinho até que vire torresmo, separe e reserve. 
  4. Em outra panela frite o bacon, reserve. 
  5. Na mesma gordura doure as cebolas e o alho, e assim que estiver dourados, reserve. 
  6. No restante do óleo, frite os ovos, mexendo rapidamente, os ovos previamente fritos e cortados em pedaços médios 
  7. Acrescente o bacon, a cebola, alho e os ovos ao feijão para que fique bem refogado. 
  8. Acrescente o sal e aos poucos vá adicionando a farinha.
  9. Em seguida acrescente o cheiro verde. 
  10. Finalmente coloque o torresmo e disponha toda mistura em uma travessa.
  11. Utilize os ovos cozidos fatiados com cheiro verde para enfeitar 
  12. Um dos acompanhamentos mais tradicionais é a couve finamente fatiada e refogada. 
  13.  Experimente harmonizar essa iguaria com um bom vinho tinto seco.
 

sábado, 18 de junho de 2011

Canjiquinha com costelinha

Ingredientes
  • 2 1/2 xícaras de canjiquinha
  • 4 xícaras de água
  • 1 colher (sopa) de óleo
  • 4 dentes de alho picados
  • 11 costelas de porco defumadas
  • 8 costelas de porco frescas
  • Sal a gosto
Preparo
  1. Deixe a canjiquinha de molho na água por 1 hora.
  2. Escorra e reserve. Com o óleo, frite 2 dentes de alho e junte as costelas.
  3. Quando estiverem douradas e macias, apague o fogo.
  4. À parte, cozinhe a canjiquinha em 2 litros de água e sal a gosto.
  5. Mexa até engrossar e soltar do fundo.
  6. Reserve.
  7. Em outra panela, coloque quatro colheres de sopa da gordura das costelas, frite o resto do alho e junte a canjiquinha.
  8. Mexa e adicione as costelas.

Foto: http://www.mundodorodeio.com/receitas/junho-2010.html


Frango com quiabo


Ingredientes
  • 1 xícara (chá) de tempero mineiro
  • 2 quilos de frango cortado em pedaços
  • 3 cebolas grandes picadas
  • 1 quilo de quiabo cortado em rodelinhas
Preparo
  1. Numa panela, frite o frango em óleo bem quente até dourar.
  2. Acrescente a cebola e o tempero mineiro.
  3. Em outra panela, frite o quiabo e escorra.
  4. Quando o frango estiver cozido, junte o quiabo e deixe apurar mais um pouco.
Foto: http://nanquin.blogspot.com/2011/01/frango-com-quiabo.html

Tutu de feijão

Ingredientes 
  • 1/2 xícara de farinha de mandioca torrada
  • 1/2 colher (chá) de açúcar
  • 4 colheres (sopa) de óleo
  • 500 gramas de feijão roxinho
  • 2 dentes de alho picados
  • Sal e pimenta-do-reino a gosto
Preparo
  1. Coloque o feijão numa panela com água (cerca de 3 centímetros acima do feijão).
  2. Leve ao fogo, tampe e cozinhe em fogo baixo até os grãos ficarem bem macios.
  3. Escorra e amasse com um socador.
  4. Aqueça o óleo, frite o a]ho e junte o açúcar.
  5. Quando o açúcar começar a dourar, adicione a pimenta-do-reino.
  6. Junte o feijão à mistura e acrescente a farinha de mandioca.
  7. Mexa com uma colher de pau até soltar do fundo da panela.
  8. Tempere com sal a gosto.
  9. Se quiser, enfeite com lingüiça frita e ovos cozidos picados.
Foto: http://www.brasilalacarta.com/galery_gastronomia.php
  

Costelinha com ora-pro-nóbis

Ingredientes:
  • 1 quilo de costelinha de porco picada
  • 2 1/2 litros de água
  • 1 colher das de mesa de gordura
  • 1 colher das de mesa de sal com alho
  • 1 cebola média, ralada
  • 1 colher das de sobremesa de urucum
  • 1 folha de louro
  • 1/2 cálice de cachaça
  • 1/2 cálice de limão
  • Ora-pro-nóbis picado a gosto
  • Cheiro-verde a gosto
  • Pimenta a gosto
Modo de Preparo:
  1. Lavar as costelinhas, colocar em uma panela, cobrir com água, juntar a cachaça e o limão; levar ao fogo para uma leve fervura.
  2. Escorrer e reservar.
  3. Levar ao fogo uma panela; aquecer a gordura e juntar as costelinhas para fritar levemente.
  4. Retirar o excesso de gordura que ser formar, acrescentar o sal com alho, a cebola e por último o urucum.
  5. Deixar pegar cor, pingar água, juntar a folha de louro e tampar.
  6. Deixar cozinhar e ir pingando mais água, até a carne amaciar bem e formar um caldo suculento.
  7. Acertar o tempero e retirar do fogo.
  8. Lavar e escorrer o ora-pro-nóbis, picar e cobrir as costelinhas.
  9. Não mexer.
  10. Servir com angu e arroz com alho.

Foto: http://www.click21.mypage.com.br/

Ora-pro-nobis

Detalhe da flor

Classificação científica

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae
Género: Pereskia
Espécie: P. aculeata
Nome binomial: Pereskia aculeata

Detalhe do fruto.

Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata), do latim "rogai por nós", é uma cactácea, um cacto trepadeira, com folhas. Tem grandes espinhos e pode ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto na sombra como no sol.

A propagação se dá por estacas. Dizem que seu nome foi criado por pessoas que colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava: Ora pro nobis. O nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas Claude Fabri de Pereisc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.

É um vegetal rico em ferro, ajuda a curar anemias das mais graves. Usa-se como o orégano, em forma de folha seca e moída. Também usada no preparo da farinha múltipla, complemento nutricional no combate à fome.

Ainda há o emprego para a produção de mel e possui 25,4% de proteínas, sendo por isso conhecido como "carne dos pobres", vitaminas A, B e C bem como, além do ferro, minerais como cálcio e fósforo.

A variedade tem flores brancas, quando é mais adequada para consumo, e suas folhas podem ser ingeridas refogadas ou mesmo cruas, as flores também são comestíveis. A variedade comestível tem miolo alaranjado e folhas pequenas e suculentas.

Serve para alimentação animal, in natura ou na ração.

O ora-pro-nois não pode ser confundido com a grandiflora ou a bleo que têm flores rosa.

Em Minas Gerais

Apesar de ser encontrado em diversos Estados do Brasil e em países como Estados Unidos, México e Panamá, somente em algumas localidades de Minas Gerais atingiu o status de ingrediente culinário, onde é refogado com vários tipos de carnes e é empregado em ensopados.

Na cidade de Sabará, existe o Festival do Ora-pro-nobis, onde é comum utilizar a cactácea para pratos culinários. Em Sabará, também teria surgido a lenda de que nome ora-pro-nobis é uma referência a uma lenda que, em uma época em que pessoas colhiam a planta no quintal da casa de um pároco, ele sempre rezava uma ladainha.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sábado, 11 de junho de 2011

Angu

Angu é um prato típico da culinária brasileira preparado geralmente com fubá (farinha de milho). Nas regiões em que houve influência de imigrantes italianos, o angu passou a ser conhecido como polenta, prato italiano com receita praticamente igual. Além da farinha de milho, o angu pode ser preparado com farinha de mandioca, distinguindo-se assim do angu de fubá ou angu de milho.

O nome angu vem da palavra àgun do idioma africano fon da África Ocidental, onde a palavra se referia a uma papa de inhame sem tempero. No entanto, desde 1498 os portugueses começaram a propagar o milho pela costa africana, começando na bacia do Congo. A palavra angu passou a ser usada no Brasil para papas feitas com farinha de mandioca ou de milho, as quais eram acompanhadas por miúdos de carne de vaca ou de porco. Com o tempo, a palavra angu passou a ser usada apenas para as papas feitas com fubá, enquanto as papas feitas de farinha de mandioca passaram a ser chamadas de pirão.

Na primeira metade do século XIX, o artista e cronista Jean-Baptiste Debret, em Voyage pittoresque et historique au Brésil, descreve a venda do angu de farinha de mandioca:

"O angu, iguaria de consumo generalizado no Brasil, e cujo nome se dá também à farinha de mandioca misturada com água, compõe-se no seu mais alto grau de requinte, de diversos pedaços de carne, coração, bofe, língua, amígdalas e outras partes da cabeça à exceção do miolo, cortados miúdo e aos quais se ajuntam água, banha de porco, azeite dendê, cor de ouro e com gosto de manteiga fresca, quiabos, legume mucilaginoso e ligeiramente ácido, folhas de nabo, pimentão verde ou amarelo, salsa, cebola, louro, salva e tomates; o conjunto é cozido até adquirir a consistência necessária. Ao lado da marmita do cozido, a vendedora coloca sempre uma outra para a farinha de mandioca molhada. A mistura, servida convenientemente, lembra a primeira vista, um prato de arroz, recoberto de um molho marrom dourado de onde emergi pequenos pedaços de carne. Eis a iguaria, aliás suculenta e gostosa, que figura, não raro, à mesa das brasileiras tradicionais de classe abastada que com ela se regalam, embora entre chacotas destinadas a salvar as aparências e o amor próprio".

Esse angu, relatado por Debret, era uma comida de escravos cujos trabalhos e maus-tratos que sofreram foram registrados nas aquarelas do pintor. Saint-Hilaire também descreve esse angu (1816), em Minas Gerais, como uma "espécie de polenta grosseira" como sendo o principal alimento dos escravos.

A venda do angu pode se mostrar de importância ao se saber que o Jornal do Comércio do Rio de Janeiro, em 10 de julho de 1835, estampava o seguinte anúncio: "Participa-se aos que vendem angu, que na rua dos Ourives n. 137, se acha a venda azeite de dendê fresco, em barris, a 1$200 cada medida".

Em Minas Gerais e Rio de Janeiro, o angu preparado apenas com o fubá de milho e água, sem a adição de sal, e com consistência mais firme, é conhecido como "angu mineiro". Quando preparado de forma mais cremosa, para ser misturado com miúdos de vaca e porcos na hora de consumo, é conhecido com "angu à baiana". O preparo dos miúdos de vaca e porcos é bem semelhante ao sarapatel.

Na cidade do Rio de Janeiro, continuando a tradição das vendedoras de angu do século XIX, ficou famoso nas décadas de 1960 a 1980, o Angu do Gomes, uma rede de carrocinhas ambulantes que vendiam apenas o "angu à baiana". Com preços populares, fazia sucesso nas noites e madrugadas da cidade. Havia carrocinhas na Praça Quinze de Novembro junto a Estação das Barcas, na praça do Lido no bairro de Copacabana e em frente ao estádio do Maracanã nos dias de jogo de futebol.

Na Bahia, faz-se outro tipo de angu à bahiana.

Em São Tomé e Príncipe, na costa da África, faz-se o angu de banana.

Levado para a Europa pelos conquistadores da América, o milho acabou se incorporando a diversas culinárias da Europa, principalmente no norte da Itália, onde a polenta não pode faltar em nenhuma mesa. A imigração italiana trouxe para o Brasil a polenta, o fubá cozido na versão mais consistente do que o angu, que pode ser grelhado ou frito em pedaços.


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Foto: http://www.receitasdecomidas.com.br/angu.html
Foto:http://www.asemana.publ.cv/spip.php?article44617&ak=1

Polenta com Molho

 Ingredientes
  • 1 litro de água
  • 1 xícara (chá) de óleo
  • Sal
  • 500 gramas de fubá grosso
  • Molho de tomate
  • Queijo parmesão ralado
Modo de fazer
  1. Ponha numa panela a água e o óleo, sal, e leve ao fogo, deixe ferver e vá juntando aos poucos, mexendo sempre o fubá com uma colher de pau, para evitar que formação de pelotas.
  2. Cozinhe em fogo brando durante 1 hora, mexendo de vez em quando, retire do fogo, despeje em uma assadeira, aperte para ligar bem, quando esfriar, corte em fatias, arrume em uma travessa, despeje por cima o molho de tomate e pulverize queijo.
Foto: http://mais.uol.com.br/view/3ri27wiyhzjw/polenta-com-molho


Vaca Atolada

A Vaca atolada é um prato típico da comida caipira, tem como principais ingredientes costela bovina e mandioca, muito popular em Minas Gerais e outras regiões do Brasil.

Tropeiros vale-paraibanos carregavam no embornal carne mergulhada na gordura, o que garantia alimento por um bom tempo, sem deteriorar. Ao longo das trilhas colhiam mandioca, assim podendo misturá-las e cozinhar junto com as carnes, uma comida forte e boa para dias mais frios da serra.

Ao se dirigirem às Minas Gerais, transpondo a Serra da Mantiqueira por terrenos íngremes, frios, irregulares, úmidos e principalmente nos períodos de chuva, o que tornava o solo alagadiço, o gado encalhava e não prosseguia, havia então o momento de remanejamento dos animais, o descanso da tropa e sua alimentação. Assim sendo, foi batizado esse alimento como Vaca Atolada.

No entanto, a receita de Vaca Atolada é tradicionalmente feita com costelas de boi, uma carne que não era aproveitada para compor a comida dos viajantes, e nem servia para fazer o charque ou carne seca. Mas provavelmente é que seja uma comida preparada após o abate do gado, cozinhando as costelas e sua gordura com pedaços de aipim e cebolas.

Ingredientes

  • 1 kg de mandioca cascada e picada
  • 4 colheres (sopa) de massa de tomate
  • 3 cebolas
  • Cheiro verde a vontade
  • 3 caldo de costela
  • 1 kg e meio de costela de boi cozida
  • Pimenta a gosto
  • Tempero a gosto
 Modo de Preparo
  1. Numa panela contendo água, cozinhar, durante uma hora, a costela com o caldo de carne, o sal e a massa de tomate.
  2. Reservar.
  3. Em outra panela, cozinhar a mandioca cortada em cubos.
  4. Juntar a mandioca e à costela, adicionando a cebola cortada, o cheio-verde e a salsa.
  5. Deixar ferver bem.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaca_Atolada

Leitão à Pururuca

Pururuca é um petisco da comida caipira dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná e consumido em outras regiões do Brasil.

O termo pururuca é de origem tupi e existe referência ao mesmo em o dialeto caipira, de Amadeu Amaral.

A palavra que refere-se a pele de porco que é desidratada e preparada, disso resulta uma pele dura que ao ser frita em óleo se torna num delicioso petisco crocante.

O nome também é utilizado para descrever uma forma de preparo do porco assado, no qual a pele é conservada e depois é parcialmente frita com óleo quente despejado em cima.

Ingredientes
  • 1,2 kg de leitão (costela, paleta, pernil)
  • 2 colheres (sopa) de sal
  • 4 dentes de alho picados
  • 1 colher (chá) de pimenta do reino moída
  • 1 colher (sopa)de bicarbonato de sódio
  • 1 copo (tipo americano) de vinagre de vinho tinto
  • Cheiro verde a gosto
  • 1 cebola picada
  • 10 folhas de louro
  • 1 litro de água
  • Óleo para fritar (cerca de 4 litros)
Modo de Preparo
  1. Numa tigela coloque o leitão e tempere com todos os ingredientes, junte a água e deixe marinando por 4 horas em recipiente fechado.
  2. Após esse período, coloquem em panela os pedaços do leitão e a marinada.
  3. Cozinhe em fogo médio por + 25 min.
  4. Retire os pedaços do leitão da panela e coloque na geladeira para esfriar.
  5. Depois frite os pedaços do leitão numa panela com óleo bem quente (180º) por 3 min.
  6. Retire do óleo e deixe esfriar novamente.
  7. Em seguida frite em óleo quente (180º ) até pururucar.
Obs: o bicarbonato ajuda a pururucar melhor

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pururuca
Foto: http://www.superbullbrasil.com.br/

domingo, 8 de maio de 2011

Alecrim

Rosmaninus Officinalis

Alecrim, rosmarinos ou romero como os espanhóis o chamam, é um pequeno arbusto que pode atingir até 1,5 metro de altura. Planta muito conhecida em praticamente todo o mundo, mas é na Europa onde o alecrim é muito utilizado. Para quem já fez o Caminho de Santiago com certeza já ouviu de algum espanhol a receita de banhar os pés com o chá do “romero” para deixá-los mais fortes, resistentes e com a pele mais rústica, isto para suportar melhor as caminhadas de centenas de quilômetros.

O nome de rosmarinus vem provavelmente do latim, que significa “orvalho do mar”.

Na Grécia antiga utilizava-se o alecrim atrás da orelha para curar problemas de memória fraca (até hoje o alecrim é indicado para este problema, e se pensarmos que os óleos essenciais iam se volatilizando e a pessoa ia absorvendo estes óleos, é bem provável que o indivíduo realmente sentisse alguma melhora, pois existiam substâncias químicas sendo absorvidas e atuando na sua fisiologia). Já os romanos, acreditavam que esta planta estava associada com o amor e com a morte, e por isso é que era plantado nas soleiras das portas, hábito que perdurou até a Idade Média. Até mesmo a Igreja Católica incorporou o alecrim em seus rituais, queimando-o em incensários.

Ele cresce de forma nativa e espontânea nos países ao redor do mar Mediterrâneo, local de solos pedregosos e arenosos. É encontrado no sul da Espanha, França, Itália, Grécia, Portugal, nas ilhas Canárias, Açores e Madeira. Também é encontrado no norte da África, sendo mais comum no norte do Líbano, Egito e regiões da Turquia. Atualmente os principais produtores de alecrim são: Itália, Espanha, França, Tunísia e países da antiga Iugoslávia. 

O alecrim prefere um clima mais seco, ensolarado e fresco. Não gosta de locais com pouco sol, muita umidade e frio. Estas condições climáticas irão determinar um melhor desenvolvimento e conseqüente-mente uma melhor qualidade do óleo essencial produzido.

O alecrim possui inúmeras aplicações farmacológicas. Possui ação tônica, principalmente em casos de cansaço mental; é estimulante, carminativo, emenagogo, desinfetante, anti-séptico e aromático. É também empregado em queda de cabelo, além de auxiliar a “esconder” cabelos brancos. O óleo essencial diluído pode ser usado em casos de dores reumáticas, musculares e articulares na forma de massagem.

O alecrim é muito usado na culinária européia, principalmente a cozinha italiana e francesa. O odor é forte, fresco e herbáceo. O sabor é picante, marcante e amadeirado. Alecrim vai muito bem à carne de porco, de carneiro e de cabrito. A carne de porco irá ficar mais “leve”, isto provavelmente devido à ação digestiva que esta erva possui. Para evitar que a carne de carneiro fique com um sabor forte recomenda-se retirar toda a gordura da carne. Outro ponto importante é utilizar um bom vinho branco seco para preparar o marinado, tanto do cabrito quanto da carneiro. Uma forma interessante de utilizar o alecrim é pegar um punhado de folhas e ir massageando a carne antes de ser assada.

Esfregue com força para que o óleo essencial possa penetrar na carne. Depois deixe o esfregaço de folhas sobre a carne para assar. É importante que a carne fique marinando nos temperos para poder acentuar os sabores. No peixe também proporciona um sabor refrescante, só que neste caso não precisa esfregar na carne, pois provavelmente irá desestruturá-la.

O alecrim também é muito empregado para aromatizar vinagres e óleos para uso em saladas e refogados. Para preparar o vinagre aromático é só pegar uns 3 raminhos frescos de alecrim e colocar dentro de uma garrafa de um vinagre de boa qualidade. Deixe macerar por uns 15 dias e depois já pode utilizá-lo no tempero de sua salada preferida. Já no preparo do óleo ou azeite é um pouco mais complicado. Existem duas formas diferentes. Na primeira você irá pegar de 3 a 5 raminhos frescos de alecrim e amassar suas folhas em um socador de alho. Coloque as folhas trituradas em maceração no óleo, e deixe por 3 semanas. Já a outra forma, a que dá um melhor resultado, é só verter o óleo aquecido sobre as folhas frescas já dentro de um frasco, e deixar macerar por 2 semanas.

Se o óleo ainda não estiver muito aromático pode-se aquecer um pouco mais em banho maria. Pode-se também preparar manteigas, torradas, e o que mais sua imaginação permitir. Aproveite os aromas intensos do alecrim, só tome cuidado com as dosagens, pois pode ficar com um sabor muito amadeirado e não agradável ao nosso paladar.

Órgãos mais beneficiados pelo Alecrim: o coração e o estômago.

Uso Medicinal

O Alecrim, sob o domínio do Sol, é uma planta que ama o calor e a vida. Ele aquece e estimula o cérebro e o corpo, é ótimo como cardiotônico, estimulante, anti-reumático, resolve rapidamente dores de estômago e asias, restitui a energia dos cansados e estressados por muito esforço mental. Também é bom para tosses, bronquites, e problemas respiratórios.

Usado externamente é bom para limpar feridas, principalmente de diabéticos e pessoas que tem dificuldades de cicatrização.

Os cardíacos podem usá-lo acompanhado de Sete Sangrias e Dente de Leão.

Uso Energético

Nós falamos que o Alecrim é um "costurador do Plexo solar".

Ele restitui rapidamente a energia perdida, dá mais estrutura de trabalho aos que lidam muito com o mental racional, é uma das ervas que ajuda na depressão e estados permanentes de cansaço por problemas emocionais.

Ajuda também muito as crianças com uma estrutura emocional passiva, as que não respondem de forma concreta às agressões da vida. Aumenta a capacidade de aprendizado. É a planta chave da falta de auto-estima.

Atua nos desconfiados, nos que não acreditam em si mesmos, nos que não têm coragem de se lançar em novos projetos. É a erva da coragem.

Uso Culinário

O alecrim deve ser inserido na alimentação dos passivos, tímidos, e nas pessoas que têm um constante desgaste de energia.

Um frango temperado com alecrim e limão é uma dádiva dos deuses.

O alecrim pode ser usado em qualquer molho branco ou vermelho, para massas e lasanhas.

Vinho com Alecrim

Coloque alguns galhinhos de alecrim fresco em um bom Vinho tinto e deixe macerar durante 21 dias bem fechado com parafina na rolha. Guarde em lugar escuro, deitado. Quando passar esse tempo, coe e acrescente mel puro à gosto ( O mel é opcional). Sirva pequenos cálices antes do jantar. Além de ser ótimo para a digestão, ajuda a clarear as idéias para um novo dia de trabalho.

O alecrim fresco, misturado em pequenas quantidades às massas caseiras de pão, dá um gosto saboroso e exótico à massa, e deixa o pão digestivo e energético.

Misture alecrim nas manteigas e patês. O efeito é ótimo.

Conservas de Alecrim para Saladas

Em um vidro de boca estreita, esterilizado, coloque um galhinho de alecrim, um de manjericão, alguns grãos de coentro e um grão de pimenta da Jamaica. Acrescente ¾ do vidro de vinagre de maçãs, água filtrada e sal para completar. Deixe descansar durante 8 dias. Está pronto para temperar qualquer salada. Na hora de servir, acrescente óleo ou azeite.

Outros Usos

O alecrim também pode ser encontrado em Tintura-mãe.

O chá forte de folhas de Alecrim é ótimo para se enxaguar os cabelos. Além de ser cicatrizante, dá brilho de novo aos cabelos, e deixa-os muito mais escuros e com brilho.

Compressas com chá forte de alecrim são ótimas para celulite.

Essas compressas também melhoram muito as dores de estômago.

O escalda pés de Alecrim tira todas as energias negativas acumuladas durante o dia. O Alecrim combate os invejosos!


Fonte: www.jperegrino.com.br
Fonte: www.aleph.com.br

Agrião-da-água

Nome Científico: Nasturtium officinale
Família: Brassicaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia e Europa
Ciclo de Vida: Perene

Sinonímia: Cardamine fontana, Nasturtium fontanum, Radicula nasturtium-aquaticum, Rorippa nasturtium-aquaticum, Rorippa nasturtium, Sisymbrium nasturtium-aquaticum

Nome Popular:
  • Agrião, agrião-das-fontes,
  • Agrião-do-rio,
  • Agrião-da-ribeira,
  • Mastruço-dos-rios,
  • Rabaça-dos-rios,
  • Agrião-da-água,
  • Agrião-d’agua-corrente,
  • Agrião-da-europa,
  • Agrião-da-fonte,
  • Agrião-da-ponte,
  • Agrião-oficinal, berro,
  • Agrião-aquático,
  • Cardamia-jontana,
  • Cardomo-dos-rios,
O agrião é uma planta herbácea, perene, de rápido crescimento e utilizada há muito tempo como salada e medicinal. De caule tenro, verde, carnoso, glabro e fistuloso (oco), o agrião pode alcançar facilmente 70 cm de altura. Suas folhas são alternadas, pinadas e pecioladas com cerca de 3 a 11 folíolos ovais a lanceolados, sendo que o folíolo terminal é maior que os demais. Possui raízes principais e adventícias, que surgem nos nós do caule submerso. As inflorescências em rácemos terminais, despontam no verão, e são compostas por numerosas e pequenas flores brancas, de quatro pétalas cada.

O agrião tem sabor picante, e podem ser consumidos cru em saladas ou cozido, em sopas, refogados e outros pratos salgados. Também é muito visado como planta medicinal, entrando na composição de diversos fitoterápicos populares, como xaropes com mel e outras plantas terapêuticas. O agrião é uma verdura rica em minerais, como o iodo, ferro, manganês e cálcio, assim como vitaminas A, C e do complexo. No paisagismo pode ser cultivada em rios e laguinhos ornamentais, de forma sustentável, fornecendo alimento e remédio para as pessoas e excelente abrigo para a vida aquática. Nestes casos deve ter seu crescimento controlado, pois pode se espalhar rapidamente.

Deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica, irrigado diariamente ou permanentemente inundado. Aprecia água corrente e limpa, além de adubações periódicas. Pode-se iniciar a colheita com cerca de 50 dias no verão e 70 dias no inverno, suportando até 4 cortes seguidos, quando então o canteiro deve ser reformado. Multiplica-se por sementes e por estaquia.

Medicinal

Indicações:

Afecções respiratórias em geral, amenorréia, bócio, desnutrição, atonia muscular, anorexia, inflamações, afecções da pele e cabelos, etc.

Propriedades: Adstringente, antiescorbútica, antiinflamatória, antitérmica, antitussígena, cicatrizante, descongestionante, diurética, hidratante, expectorante, fluidificante.

Partes usadas:

Toda a planta.

Fonte: http://www.jardineiro.net/br/
Autor: Raquel Patro